Reiki em animais, uma experiência enriquecedora
O Reiki é uma terapia energética, que visa proporcionar bem-estar físico, emocional e energético a todos os seres vivos, por isso pode ser praticado ou aplicado a todo o ser humano, plantas e animais. Para além de não ter quaisquer efeitos secundários ou contra-indicações, é indicado como complemento a qualquer outro tipo de tratamento, convencional ou não.
Neste pressuposto, e na partilha das experiências que praticamos no voluntariado numa associação protectora de animais abandonados, é uma das tarefas semanais aplicar Reiki aos animais que se encontram no abrigo, não porque estejam doentes, como já foi o caso de alguns, mas principalmente para os ajudar a serenar, tranquilizar, equilibrar emocionalmente e, em certos casos, ajudar na sua “transição”. Porque muitos dos animais abandonados sofrem de traumas de abandono ou de maus tratos e o Reiki pode ajudar imenso, a sentirem tranquilidade e ganhar confiança nos voluntários do abrigo ou canil.
Os abrigos das associações, os canis municipais e inter-municipais ou mesmo alguns refúgios de animais, são espaços que lutam com a sobre-lotação de indivíduos, o que provoca o aumento das condições de stress nos seus ocupantes e, muitas vezes, também nos próprios voluntários . Nestes casos, são recorrentes as situações de confronto e agressividade entre eles, o que pode provocar, inúmeras vezes, ferimentos graves e até competição de liderança no espaço e entre eles.
Partilhamos um pouco da nossa experiência neste artigo; o Reiki ajuda a tranquilizá-los, torná-los mais sociáveis no abrigo, bem como para uma posterior adopção responsável e, acreditamos, aliviar o seu sofrimento, físico e/ou emocional. O que nos leva a pensar assim é, simplesmente, o seu comportamento antes, durante e depois de uma sessão de Reiki: quando se precatam de que nos estamos a preparar, rodeiam-nos, “lutam” por um lugar o mais perto de nós e começam a lamber as nossas mãos; durante a sessão, que pode durar 5, 10 ou 15 minutos, estão todos sossegados, concentrados, mudando a sua posição lenta e pausadamente, como que a “dirigir” a energia...sim, porque são eles que “comandam” o processo, nós apenas temos que nos adaptar às suas necessidades, deitam-se no chão e alguns até adormecem.
No final – mas quando é o final? - simplesmente viram as costas e vão embora. E o final é... quando eles decidem que seja, quando já receberam o Reiki que julgam necessário e o melhor para eles.
Uma experiência maravilhosa, para quem aplica Reiki, porque qualquer praticante de Reiki gosta de ajudar. Além disso, nós em particular somos amantes dos outros animais, seres espectaculares, que transbordam amor, que nos amam de forma incondicional e que só precisam de um pouco de atenção, carinho e, só por hoje, também AMOR em forma de Reiki, porque Reiki é simples e é isso mesmo: luz divina, puro amor de forma incondicional, a essência de todos nós!
Por isso fica aqui a partilha e até o desafio: convidamos-te, se és practicante de Reiki, a praticar voluntariado de Reiki em animais e a viver esta maravilhosa experiência, sobretudo em situações de stress e angústia, provocadas pela vida nos canis e abrigos de animais abandonados.
Podes saber mais sobre o voluntariado em Portugal, através do site www.reikianimais.pt .
Agora partilhamos na revista de Reiki & Yoga, a nossa experiência através de casos verídicos:
Exemplo 1 - Vivendo situações de stress, sobretudo os habitantes mais recentes, provocadas pelo abandono, pelos maus tratos ou ambas, por vezes deparamo-nos com casos complicados e que exigem um pouco mais de atenção e, sobretudo, paciência. Enquanto os “da casa” se aproximam e rodeiam os praticantes de Reiki, pois já sabem o que os espera, os restantes observam, atentamente, o desenrolar dos acontecimentos.
Dadas as circunstâncias, fazemos por incidir a nossa ação sobre os mais novos no abrigo, os mais fracos ou, simplesmente, aqueles que se juntam mais a nós. É o caso do Smile, um patudo de porte médio, abandonado no monte e cheio de medo de tudo e todos... excepto quando é para receber Reiki, altura em que se aproxima, deixa-se acarinhar e... adora receber Reiki, nunca vai embora. Um caso evidente de carência, provocada por maus tratos, que o Reiki ajuda a debelar, contribuindo para o bem-estar e a qualidade de vida deste “patudinho”.
Exemplo 2 - O Reiki é também muito útil em clínicas veterinárias. Aqui, o sofrimento pela doença é potenciado pelo afastamento do seu território habitual, o que torna ainda mais difícil a vida dos seus utentes, sejam eles felinos, caninos ou outros animais. Nestes casos, a aplicação de Reiki de forma presencial é muito importante, muito embora possamos fazê-lo à distância, pois nem sempre nos é possível deslocarmo-nos aos locais. Foi o caso de uma gatinha que chegou à clínica com paralisia, quase não comia e não se sustinha de pé. Após uma sessão de Reiki presencial e duas à distância, a gatinha já se levantava, comia e... foi adoptada, para uma família que a trata como mais um membro lá de casa. Um final perfeito, para um ser vivo especial, com problemas graves de saúde e que o Reiki ajudou a mitigar.
Exemplo 3 - Ainda num caso clínico, o Bobi, um lindo “patudinho” com alguma idade (mas não tão velhinho que justificasse a eutanásia), que não comia, não bebia e não se levantava. O dono levou-o à clínica para ser adormecido, mas a veterinária resolveu contactar-nos, para ver se conseguíamos ajudar o Bobi. E assim foi: durante 4 dias, as sessões de Reiki fizeram com que o Bobi se reerguesse, voltasse a comer e beber e regressasse a casa, para junto da sua família. Mais um epílogo feliz, com a ajuda do Reiki.
Rafael e Jessi
Facilitadores de terapias complementares
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